segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Pessoas boas e pessoas más

Cada vez mais me convenço que pra aprender a ser mãe, basta ter um filho!
Ninguém ensina pra gente a hora de conversar sobre aquele ou este assunto com nossos pequenos. Ninguém me disse em que momento eu deveria explicar aos meus filhos que a gente não deve confiar em todas as pessoas. Pois hoje senti que essa hora chegou.
Pela manhã, antes de ir pra escolinha, Martín e Inácio, que são muito comunicativos e simpáticos com todo mundo, estavam no portão da nossa casa olhando o movimento da rua. Eles desenvolveram, por conta própria, o hábito de chamar qualquer pessoa que passa na rua e bater papo. Hoje, quando ví a dupla conversando com uma moça que recolhia lixo reciclável, me caiu a ficha! Não que a moça represente algum perigo pros meu filhos, pelo contrário, uma mãe de família que trabalha honestamente para sustentar os próprios filhos. Mas me dei conta que era chegada a hora de explicar que algumas pessoas são boas e outras são más.
Chamei os dois e pedi que prestassem atenção no que eu iria dizer. Ficaram me olhando, sérios e compenetrados.
Bem, fui explicando que existem pessoas boas e pessoas más. Por isso, como a gente não sabe só de olhar, se a pessoa é boa ou má, a gente não deve sair por aí, chamando todo mundo pra conversar. Quando o papai ou a mamãe estiverem por perto, tudo bem conversar com as pessoas na rua; mas quando estiveram sozinhos, melhor só conversar com as pessoas que a gente já conhece.
O Inácio olhou pro Martín e reforçou:- Viu Martín, tem pessoas boas e pessoas "mavaldas"
O Martín prontamente corrigiu:- Pessoas malvadas Inácio, repete comigo, mal-va-das.
Pronto, eles entenderam.
Aí o Sid chamou os dois e disse que a gente tem que tomar cuidado e que algum titio ou titia estivesse passando e oferecesse uma balinha, que deveriam dizer: Obrigada titio, mas não quero. É a velha história de não aceitar doces de estranhos... nossos pais sempre tiveram razão! Agora é a nossa vez de dizer isto pros nossos filhos, numa linguagem condizente com a idade deles. Os meus só tem 4 anos, mas precisam saber disso agora!
Bem, o assunto foi a pauta do dia na escolinha. Chegando na Anjinho da Guarda eles falaram sobre o assunto com a professora, que reforçou nosso aviso.
No mundo em que vivemos, infelizmente temos que falar sobre isso com nossos filhos. Mas faz parte do tal processo da educação!
Espero que tenhamos tratado deste assunto da forma correta! Mas como ninguém ensina isso, a gente vai testando!

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